Valorizando Viagens: Berlim - Dicas e Curiosidades

Não sou uma especialista em Berlim, mas, como o post Berlim - 3 ou 4 dias gastando o mínimo possível ficou muito grande, resolvi fazer esse outro, para poder contar um pouco do que vi e vivi por lá.

COMO CHEGAR:

Berlim possui dois aeroportos, mas vou dar como exemplo o Berlin-Schönefeld.

Ao desembarcar no aeroporto Berlin-Schönefeld, basta seguir o fluxo (os pontos vermelhos), tem um caminho como se fosse uma rodoviária, com marquises, que te leva à estação de trem.

Mapa do Aeroporto - Fonte: www.berlin-airport.de

O Airport Express (RE 7 / RB 14) opera duas vezes por hora, do centro da cidade de Berlim ao Aeroporto de Schönefeld. O tempo de viagem de Berlin Hauptbahnhof (estação principal) é de apenas 30 minutos. Um outro serviço de trem regional (RB 22) fornece uma conexão de hora em hora entre a capital do estado de Brandemburgo, Potsdam e o aeroporto de Schönefeld.

Fonte: www.berlin-airport.de

Berlim é dividida em regiões A, B e C, nas estações existem mapas explicativos, o valor da passagem vai variar de acordo com as regiões de destino e quantidade de viagens. A passagem única do Airport Express custa € 3,40, é o trecho ABC, e o ticket tem que ser validado na maquininha. Após a validação, ele pode ser usado por até 2 horas, e você pode utilizá-lo mais de uma vez, dentro desse período, no S-Bahn, U-Bahn, bus ou tram. É importante manter seu ticket, pois fiscais, durante as viagens, podem solicitá-lo, e, caso ele não esteja validado, ou você o tenha perdido, vai pagar multa.
Comprar o Tageskarte (ticket para um dia inteiro) ou um ticket para vários dias sai mais em conta, mas, como foi dito no post anterior, a intenção era gastar o mínimo possível, então, estávamos dispostos a andar. De fato, só gastamos dinheiro com transporte para ir e voltar para o aeroporto.
Para traçar sua rota, utilize o VBB-Fahrinfo, ele te mostra o horário, o valor e qual transporte utilizar.

Ticket validado - Foto: Susy Wilkinson

ONDE FICAR:

O Mitte é um bairro composto por 6 derivações, o Mitte propriamente dito (Mitte central), Gesundbrunnen, Hansaviertel, Moabit, Tiergarten e Wedding. O Mitte central é o lugar mais conveniente para se hospedar, pois tem mais fácil acesso à maioria das atrações turísticas, porém o custo é mais alto. O Tiergarten é mais em conta e também da pra ir andando à todos os pontos turísticos listados no post anterior.

ONDE COMER:

Berlim é conhecida por sua variedade gastronômica, você encontra restaurantes gregos, tailandeses, italianos... então, não se preocupe com o assunto comer, pois a cada passo dado você encontrará uma comida diferente e preços variados. Porém não deixem de provar a Currywurst!

DICAS:

O Museumsinsel regular é um ticket que dá direito a visitar todos os museus da Ilha dos Museus por € 18. Os Museus da Ilha dos Museus não abrem às segundas-feiras.
O 3-days Museum Pass Berlin custa € 29, com ele você pode visitar vários museus em um período de 3 dias.
Shoppings, lojas de departamento e mercados não abrem aos domingos, então, o ideal é planejar sua visita a Ilha dos Museus para o domingo e as compras para segunda.
O Berlin Welcome Card é um cartão que cobre todo o sistema de transporte e oferece descontos em diversos parceiros, como restaurantes, museus e passeios turísticos. Sua vantagem está na quantidade de dias em que você vai ficar na cidade e das atrações que você pretende visitar, verifique no site se vale a pena.
Quando você pedir a conta em um restaurante, fique atento, pois as gorjetas normalmente não estão incluídas. O padrão é acrescentar 10% do valor na hora de pagar e não entregar ao garçom ou deixar na mesa.
A voltagem é 230 V, e as tomadas são como as da foto, porém se seu aparelho eletrônico for bivolt, você pode usar tranquilamente, apenas certifique-se se será necessário o uso de um adaptador. No caso de um carregador de celular, modelo Samsung de 2 pinos redondos, por exemplo, não é necessário, agora, para carregadores e aparelhos com plugs tipo americano ou inglês, sim. Na dúvida é sempre bom levar um adaptador na mala.

Tomadas do trem - Foto: Susy Wilkinson

CURIOSIDADES:

Em Berlim é muito comum encontrar barraquinhas nas ruas vendendo cervejas, e é totalmente permitido andar pelas ruas bebendo.

Foto: Susy Wilkinson

Foto: Susy Wilkinson
No Tiergarten existe uma área onde as pessoas costumam se bronzear completamente nuas, é uma prática super comum e outros visitantes passeiam entre os "peladões" sem nenhum problema.
Se você andar pela rua olhando pro chão, vai notar que existem várias placas de ferro escrito "Berliner Mauer 1961 - 1989" marcando o lugar onde passava o muro.

Foto: Susy Wilkinson
Atravessar a rua com o sinal vermelho gera multa, isso mesmo, não é só porque não está passando nenhum carro que você pode atravessar, tem que esperar o sinal ficar verde pra você.
E por falar em sinal de trânsito, você vai encontrar pela cidade vários semáforos com um homenzinho de chapéu (homenzinho verde - andando; homenzinho vermelho - parado). O famoso Ampelmann (Homem do Semáforo) foi criado na Alemanha Ocidental, em 1961, após a unificação ele virou um dos símbolos da cidade.

Foto: Susy Wilkinson

Foto: Susy Wilkinson
Ao passear por Berlim, fique atento, pois a qualquer momento você verá um Buddy Bear. Existem vários ursos pintados de maneiras diferentes, espalhados por toda a cidade, o Buddy Bear já virou um ícone de "Bearlim", e caçá-los é uma diversão à parte 😉.

Foto: Susy Wilkinson
O Trabant ou Trabi, como é carinhosamente chamado, é um carro de baixa qualidade que foi produzido na Alemanha Oriental. Na época do regime comunista, um Trabi usado valia muito mais do que um novo, por não haver estoque. A solicitação era feita, e o comprador tinha que esperar anos para que seu modelo novo chegasse. Após a queda do muro e o acesso mais fácil a outros carros de melhor qualidade, o Trabi foi abandonado, mas até hoje é um dos símbolos de Berlim, tem até seu próprio museu, o Trabi World, e você também pode alugar um pra dar uma voltinha.